

CAAVC
1964

TERAPIA OCUPACIONAL
O QUE FAZ?
Terapia Ocupacional
"É uma área do conhecimento, voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos, na atenção básica, média complexidade e alta complexidade."
Terapeuta Ocupacional
"É um profissional dotado de formação nas Áreas de Saúde e Sociais. Sua intervenção compreende avaliar o cliente, buscando identificar alterações nas suas funções práxicas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento, sua formação pessoal, familiar e social. A base de suas ações compreende abordagens e/ou condutas fundamentadas em critérios avaliativos com eixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social, coordenadas de acordo com o processo terapêutico implementado.O Terapeuta Ocupacional compreende a Atividade Humana como um processo criativo, criador, lúdico, expressivo, evolutivo, produtivo e de auto manutenção e o Homem, como um ser práxico interferindo no cotidiano do usuário comprometido em suas funções práxicas objetivando alcançar uma melhor qualidade de vida.As atividades do profissional estendem-se por diversos campos das Ciências de Saúde e Sociais. O terapeuta ocupacional avalia seu cliente para a obtenção do projeto terapêutico indicado; que deverá, resolutivamente, favorecer o desenvolvimento e/ou aprimoramento das capacidades psico-ocupacionais remanescentes e a melhoria do seu estado psicológico, social, laborativo e de lazer."
Áreas de atuação
- Hospitais Gerais
- Ambulatórios
- Consultórios
- Clínicas dia
- Projetos Sociais Oficiais
- Sistemas Prisionais
- IES
- Órgãos de controle social
- Creches e Escolas
- Empresas
- Comunidades terapêuticas.
- Entre outros
Textos retirados de: http://www.coffito.org.br/site/index.php/terapia-ocupacional/definicao.html
HISTÓRIA
Após o término da Segunda Guerra Mundial, a preocupação em garantir melhores condições aos que se tornaram fisicamente incapacitados fez com que a ONU criasse o movimento pela reabilitação. Esse fato garantiu que na década de 1950 a Terapia Ocupacional, juntamente com a Fisioterapia, fossem implantadas em diversos países do mundo e também no Brasil.
Após a criação desse movimento mundial, a Sociedade Internacional de Reabilitação dos Incapacitados estimulou o surgimento da Associação Internacional de Terapeutas Ocupacionais, que seria responsável por estabelecer padrões aos profissionais dessa área, bem como implantar normas de exercício e práticas profissionais. Em consequência a esses acontecimentos foi organizado o primeiro congresso de Terapia Ocupacional no ano de 1954 em Edimburgo na Escócia.
Mesmo São Paulo tenha sido a região pioneira de implantação dessa profissão no Brasil, foi no Rio de Janeiro que se observou a busca de elementos que garantissem a criação de cursos profissionais na área da Terapia Ocupacional. Assim em 1964, a Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro (ERRJ) propôs a criação do currículo mínimo para esse curso, passando-o de nível técnico para nível superior e com 3 anos de duração.
Entre as décadas de 1970 e 1980, surgiu um intenso movimento de questionamento sobre a atuação do terapeuta ocupacional, pois acreditava-se que além de atuarem de forma terapêutica levariam os seus pacientes a contestarem as condições em que viviam e a entrarem em conflito social. Apesar dessas circunstâncias, foi nesse mesmo período que o curso da Universidade de São Paulo foi reconhecido pela World Federation of Occupational Therapy, colocando o Brasil como referência nessa área da saúde.
Atualmente, a Terapia ocupacional tem ganhado seu espaço e se tornado uma profissão com expansão do mercado de trabalho e de suas áreas de atuação. Seus principais campos de atuação constituam sendo clínicas, casas de repouso, hospitais, instituições psiquiátricas, centros de convivência e de reabilitação, creches, empresas, etc.
O curso de nível superior se tornou muito mais completo (duração de 4 anos) e com um número cada vez maior de alunos ingressantes. Além de garantir a reabilitação esperada na década de 1950, hoje em di, a terapia ocupacional busca promover a inclusão de crianças com deficiência e distúrbios psicomotores nas escolas, garantir reintegração social de idosos, viciados em drogas, menores infratores, crianças carentes, vítimas de acidentes ou de doenças do trabalho e muitas outras atuações que tornam esse profissional fundamental para nossa sociedade.
Fonte:
TRIGO-DE-SOUZA, L. M.; ANDRADE, C. R. F. A.; TANAKA, C.; MOTA, A.; MARINHO, M. G. S. M. C. FOFITO: 50 anos de pioneirismo e lutas. 1. ed. São Paulo: Fundação Faculdade de Medicina, 2008.